Pesquisar este blog

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Aleatoriedades azedinhas.

Não suporto:

- Pessoas que abrem o caderno e leem citações de pessoas intelectualmente famosas, tipo Jung, para soar absolutamente cults.
- Pessoas que saem de abadá por aí (oi, né, ingresso é ingresso, roupa é roupa, vamos combinar)
- Livros de Jorge Amado
- Gente que quer falar de política no msn (!!!!!!!!!!)
- Amigos que querem ir embora
- Esse semestre bosta na faculdade - em especial, aula de psicologia organizacional.
- Esperar em consultório médico.
- Ex namorado que quer ser comediante.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Per[versões.]

Se você quer não fazer o trabalho que tem pra ser feito, tudo bem. Se você quer ficar dormindo ao invés de ir pra a faculdade, tudo bem. Se você quer deixar pra sair de casa em cima da hora, tudo bem. Se você não quer estudar, tudo bem. Se você quer se enfiar em paixões platônicas ou em relações in-saudáveis, tudo bem.
Ficaadica do que NÃO rola porque NÃO é tudo bem: Você - 1) não fazer seu trabalho e achar que tem o direito de copiar o do colega ou de pongar num grupo de pessoas que fizeram - se você achou que tinha coisa melhor pra fazer (eu não discordo, maaas),o problema é seu, arque com as consequências de suas escolhas e decisões, quem tem idade pra escolher por si só também tem capacidade para administrar consequências. 2) não vai pra a faculdade pra ficar dormindo e depois fica implorando pra a professora tirar as suas faltas pra você não precisar repetir a matéria. Toda faculdade tem uma cota de faltas - cumpra a sua, administrando como possível a dialética dura entre sono matutino x contéudo pragmático. Mas não enxa o saco de ninguém por causa de coisas que são suas. 3) deixou de sair em cima da hora e está atrasado e acha que o acostamento é uma boa pista para dirigir, ou que você pode estacionar em locais não permitidos, ou pode parar no meio da rua, ou ficar cortando loucamente pessoas que andam tranquilamente ou pode fazer qualquer coisa aloprada na rua. Não rola queridão, o que é coletivo é coletivo, e o seu pessoal não pode interditar a vida de outras pessoas. Bem simples assim. Tá com pressa? Sai mais cedo. Posso fazer nada. 4 ) não estudou e agora que ficar colando de quem estudou. Se toca né, ninguém tem obrigação de sustentar sua prova. Quem estudou quer tirar nota boa e pronto. Você que se responsabilize pela sua preguiça. Fácil de entender, né? 5) se meteu num relacionamento sem pé nem cabeça? jóia campeão. vai pra a terapia. mas assume que quem escolheu isso foi você e não fica de mimimi dizendo que as pessoas não prestam ou que você não conhece ninguém que seja perfeito pra você. você realmente acha que você é perfeito pra alguém? hello, né...
Se alguém ignorar algum desses preceitos básicos para a boa relação, pode largar um 'anham claudia' pro folgado.


PS ELUCIDATIVO: Essa que vos escreve é a maior vagau. Frequentemente o sono vence o contéudo pragmático, os trabalhos esquecem que existe um prazo a ser cumprido ou the sims soa mais convidativo do que estudar pra as provas. Mas oi né, se eu sei o que eu tô fazendo, devo assumir as consequências do que eu faço. O objetivo desse post é dizer: assuma as consequências do que você faz. Simples assim.

Desperdício.

A) Água limpa pingando torneira na pia. B) Comida boa deixada no cantinho do prato. C) Gente boa, integra, decente, que gosta da gente e quer fazer a gente feliz, que a gente deixa passar direto pela nossa vida - porque a gente tem medo de ser feliz, tem medo das nossas dúvidas, é vítima do que a gente engole socialmente sem parar pra refletir ("oba, vamos dançar" demais e "oba, vamos compartilhar", de menos.) por causa da preguiça de crescer e deixar as nossas ilusões de adolescência tardia e os contos de fadas pra trás.

Tudo isso é deixar passar coisas que desde já tendem a extinção. Tudo isso é desperdício da nossa própria vida. Tudo isso é correr contra o relógio e saber que é impossível escapar do tempo e das suas cobranças e consequências. Tudo isso é desperdício. D-e-s-p-e-r-d-í-c-i-o.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ninguém leva meu curso a sério.

Uma parte das pessoas acha que psicologo é aquele cara que conversa com você quando você está triste. As pessoas se perguntam 'pra que ir no psicologo se eu posso conversar com meus amigos?'. É assim mesmo, essa conversa é velha, desenvalidante, acontece sempre, etc. O que eu perco o gás da coisa toda é o seguinte: eu estudo psicologia, eu curto psicologia, eu curto as linhas mais subjetivas (algum behaviorista chato diria 'menos cientificas', mas então né, homem não é ponte de ferro e nem tem ponto de ebulição pra eu ficar tentando fazer caber na exatidão) porque eu sou o tipo de pessoa que conduz os pensamentos, as coisas e a vida partindo desta subjetividade. Ou seja, eu me identifico com a linha e por isso a escolho. Mas, confesso, as vezes é cansativo explicar a teoria e ver a descrença das pessoas. Obviamente, não tem nada a ver comigo, cada um acredita e se identifica sempre a partir de si mesmo. Mas é chato falar de algo que você acha muito lindo, muito massa, super coerente e receber aquela cara de 'ah, puff'. É, ninguém leva meu curso a sério. Ou eu me preparo pra essa possibilidade, ou não discuto mais o meu curso e a minha futura profissão. Que jeito?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Rupturas.

É impressionante como algumas rupturas são difíceis de aguentar - e é difícil saber porque todas estão acontecendo ao mesmo tempo!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cláudia, a consciente.

Querida Cláudia,

Fica quietinha aí. Esse negócio de consciência é para fracos. Esse negócio de pedir conselhos é para inseguros. Esse negócio de estranhar, de não saber, de ficar perdido? É tudo coisa de quem tem tempo para ter mente ociosa. Ah Cláudinha, eu sei que eu não sou mulher de segredos, sei que silêncios não me vestem sem alguma estranheza, sei que as pessoas me supõem melhor do que eu posso julgar... Eu sei. Mas agora não é hora de eu me preocupar com isso. Agora é hora de levar o semestre chato, de tentar fazer algumas coisas fazerem sentido, de dar tchau pra quem é de tchau ('porque a esperança também cansa de se perdurar', eu diria, parodiando o velho vina saravá) e de ir somando todo dia. Então Cláudia, você fique aí pensando em jogos de vôlei, em que sapato combina com que camisa, em que brinquedo é melhor para o irmão levar pra a escola, se vai ter ingresso ou não pro show do Beirut... eu sei que você é diva e plenamente capaz. Resista: não pense nas besteiras que são as seriedades. Não pense nas seriedades que te fazem pensar besteira. Cláudinha, senta lá, e faz tricô, lê revista, pinta as unhas. Senta lá e canta uma música, manda mensagem pros amigos, faz as contas de como fazer o dinheiro durar até o fim do mês. Lê a entrevista, bebe um suco, dá risada com as colegas da faculdade. Se te perguntarem, balança a cabeça, sacode o cabelo e fala: tá tudo pleno. Se a cabeça esquentar agora, vamos ter que mandar beijos sabor interrogação pra todo mundo - e todo mundo nem sabe de nada. E ninguém tem nem nada com isso. Sou só eu e você Cláudia. Só você e eu. Pega o crossfox e vamos sair pra dançar e nos divertir. Senta lá, no banco do carona dessa vez, Cláudia. Quem dirige agora aqui, sou eu. Que assim seja.

Mulherzice.

É com pesar que você constata que, não, não adianta a faculdade, não adiantam os textos e filmes bem cabeçudos, não adiantam os roteiros de viagem e nem sequer os babas com os amigos homens - o fato é que: o seu salário vai ser todo convertido em vestidos. Todos os planejamentos e sonhos trabalhísticos, do tipo, 'oi, vou clinicar adultos no divã psicanalítico' ; 'oi, vou ser professora universitária' ; 'oi, vou abrir uma consultoria em educação'...nada escapa, tudo isso virará dinheiro que virará vestidos! Pode ser que vire sapatos, brincos, pulseiras e bolsas também. Acontece.

Sério, passear no shopping entre peep toes verdes, vestidos longos florais e tomara-que-caias maravilhosos da coleção primavera-verão é de desnortear a cabeça lúcida de qualquer pessoa. Ou pelo menos a minha. Nas estações mais quentes, a mulherzice em mim bate o pico de todos os termômetros.