sexta-feira, 12 de março de 2010
"Você lê no recreio?!"
Daí que eu fui comer uma torta, num típico programa de gordinha-tensa, que é algo muito aceito culturalmente entre as minhas amigas (Graças a Deus, mas minha dieta odeia totalmente). Fomos matar as saudades de Carol, que chegou de Londres na semana passada. De lá algumas das meninas iam esticar em algum Music Bar e eu vim pra casa. Achei Gustavo, meu irmão de cinco anos, acordado quase dez da noite. Contei histórias de fazenda, brincamos de escrever todas as vogais e fazer carinhas felizes no "o" de chapéu ou no "e" bailarina, por exemplo. Tendo feito cartões para nossos progenitores ("zu, para mamãe, é de coração porque ela é menina, para papai fazemos de nuvens, tá?") e não tendo mais nada para escrever resolvemos entrar na seara de assuntos referentes ao que cada um de nós faz na escola. Ele me perguntou: "O que você faz no recreio?" ao que eu respondi "Dê, (sim, eu coloco apelidos nada a ver nas pessoas, é mais forte do que eu, desculpa) o meu recreio é super rápido, eu como alguma coisa, converso um pouquinho com o pessoal e se precisar, eu vou na biblioteca pegar algum livro ou texto que eu tenha que ler". Ele faz uma cara meio intrigada e bastante chocada com a obviedade de sua própria observação e diz: "Zu, por que você não brinca no seu recreio?"
É uma excelente pergunta, Gu. Porque é que nas minhas horas vagas eu não simplesmente brinco?
ps. São 22:37 de uma sexta-feira e ele e minha mãe estão me ensinando a coreografia que eles fizeram para "pegue a esteira e seu chapéu, vamos para a praia que o sol já vem, tiririri-pompompom-tiriri-pompompom". O detalhe que eles curtem ignorar: eu tenho aula de farmacologia amanhã sete e trinta.
Manutenção da qualidade de vida e da sanidade mental familiar, a gente se vê por aqui.
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QUEREMOS JULIANA DE VOLTA PARA OS RECREIOS DA JORGE AMADO!
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