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domingo, 28 de novembro de 2010




"Every whisper of every waking hour i'm choosing my confessions, trying to keep an eye on you like a hurt, lost and blinded fool. Oh, no I've said too much!I set it up..."

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

choque do dia

hoje descobri que meu irmão gosta de justin bieber. assim, eu de fato não estava preparada. estava treinando ele com doses cavalares de beatles mas pelo que eu entendi, todo mundo na escola gosta de justin bieber e canta junto. ok, não sou ingênua, eu sabia que essa fase de gostar de porcarias chegaria - todo mundo que já foi um adolescente um dia tem que saber que essa fase vai chegar - mas eu não esperava que ele com cinco anos de idade nós já tivessêmos que ter conversas sobre justin bieber. achei chocante quando ele me pediu pra não dar beijo de despedida nele na porta da sala porque era mico (oi! ele tem cinco anos, já falei?) mas achei ainda mais chocante quando hoje ele cantou pra mim "baby, baby, baby, ôôôô baby" (!). de qualquer modo, fizemos um acordo: autorizado a curtir o tal do justin com os amigos da escola mas totalmente banido de pretender ter aquele penteado.


ps. não.tô.sabendo.lidar. aceita-se ajuda psicológica especializada.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

rua das renas, sem número.

hoje eu e guga fizemos a cartinha para papai noel. ele pedindo brinquedos, eu pedindo coisas para a viagem de fim de ano (vou passar ano novo em aracaju!). fizemos uma folha explicando porque merecíamos nossos presentes e como nós íamos arrumar nossa árvore bem bonita para esperar por ele com nossos presentes. em outras duas folhas escrevemos o que queríamos e desenhamos. (gu está aprendendo a ler e escrever!) endereçamos para: Polo Norte, Rua das Renas, Casa colorida, sem número e fechamos no envelope.

por fim, minha avó telefonou querendo saber se já tínhamos feito nossa carta para papai noel. quando guga chegou da escola, contei a ele que vovó tinha ligado para saber de nossa cartinha. ele me perguntou o que eu tinha dito e eu disse que contei que já tínhamos escrito e íamos colocar no correio. eis que ele me diz: e você não perguntou pra vovó se ela já fez a cartinha dela, ju?


muito amor.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

resumo do feriado

saldo do final de semana prologando:

um filme triste (o sexto sentido), uma sandália nova, uma notícia bombástica, um filme cult (você vai cohecer o homem dos seus sonhos), três episódios de House, um episódio de Senfield, uma ida ao teatro pra ver uma cia de improviso (os barbixas com o Improvável), meu time de volta na série A (bora baêa!), uma pizza (portuguesa, é claro!), um almoço em família, um filme engraçado (muita calma nessa hora), um temaki, uma crise de tosse tresloucada bem no dia em que minha mãe tá de péssimo humor, sessões de jogar "Cara a Cara" com meu irmão entre uma tosse e outra.

domingo, 14 de novembro de 2010

caleidoscópio sem lógica

"Ser gente é experimentar dúvida, remorso, culpa, alegria, raiva, ódio, amor, esperança, todas as paixões, boas ou más."


Adélia Prado

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

marquei um xis

é fato que ainda estou me acostumando com o fato de fazer terapia na linha cognitiva mas algumas coisas são bem claras: 1) como as constatções são sólidas e óbvias, me sinto uma estúpida enquanto me debato em negar o que M. diz usando as palavras que eu mesma disse a ela quinze minutos antes. alguém aí já deu munição pro oponente? é bem isso. 2) tem dever de casa. e sabe, a cada passo que ela te explica do dever de casa, você se sente ainda mais estúpido por ter 22 anos e fazer dever de casa da terapia, mas olha, embora todos os livros-dever-de-casa que eu tenho que ler tenham nomes babacas ("Falar ou não falar? O guia da assertividade." "As 10 bobagens mais comuns que as pessoas inteligentes cometem" [!!!!!!!!!!!!?]) são tiro e queda pra definir como eu me sinto.

esse último livro vinha com um teste (alô você que assinou capricho a vida toda e adora marcar um x mesmo que não seja no seu coração) para você ir graduando 50 as frases - divididas em dez blocos - de acordo com o quanto você se identificava com elas, numa escala de 0 a 4. claro que há frases absolutamente maravilhosas e com as quais é impossível não se identificar como "minha reação é exagerada diante dos menores problemas" ; "as pessoas tem um dom para me cutucar justamente nas áreas em que sou mais sensível a críticas" ou "tenho uma tendência a procrastinação. adio até mesmo coisas importantes"

enfim, muitos números depois, fiz a contagem que o teste sugere (se você marcou 2, 3 ou 4 em alguma frase de algum bloco, se identifique com este bloco e leia o capítulo referente a essa distorção cognitiva) e me senti abraçada e incluída numa disposição de SETE - isso mesmo, SETE - blocos de distorções diferentes. saí do bloco do eu sozinho em grande estilo.

* pausa mínima pra explicar o que é uma distorção cognitiva: a coisa é como é mas nós sempre a vemos com os nossos olhos. acontece que, se você tem astigmatismo e não usa óculos, as coisas ficam desfocadas. se você é míope e se recusa a usar os óculos, pode confundir o que está vendo e etc. é como aqueles brinquedos de encaixe das crianças, só que aqui é como se fosse mais flexível: se você socar com vontade algo em formato triangular, pode ser que passe pelo buraco em forma de quadrado e você acredite piamente e diga "eu não disse?" uma pessoa com sua distorção cognitiva é como um senhor confuso tentando abrir a porta de casa com a chave do carro. disfuncional, não? *


nessa disputa tão animada para chegar primeiro e demarcar seu lugar no meu pódio de "como eu vejo o mundo", o querido "deve-ser-assim" chegou primeiro, arrasando com tudo. ele é o responsável por eu ter padrões, estereótipos e crenças tão fortes e enraizadas sobre tudo e todos e sobre quem eu quero e quem eu não quero em minha vida. em segundo lugar, com a medalha de prata, temos a "telepatia" que é basicamente a certeza de que eu sei o que todos ao meu redor estão pensando (é claro que eu sei!) e finalizando o pódio, a ilustre presença da "mania de perseguição" que quer dizer que você considera que tudo, absolutamente tudo, é pessoal e uma mensagem para você.

chegando depois para fechar a festa, temos ainda: a) mania de comparação (auto-explicativa, né? e sempre desleal) b) pensamento condicional "e se...?" (quer dizer, e se alguém ler esse post e me achar estúpida? e se ninguém mais quiser falar comigo? e se me acharem dramática? e se ninguém ler?) c) o vício do "sim, mas..." (é verdade, eu tirei nota boa na prova mas o professor fez uma prova muito fácil / é verdade, eu tirei nota boa na prova mas todo mundo tirou também / é verdade, eu sou muito amiga mas também sou muito centralizadora) e d)levar críticas muito a sério (não diga)

enfim, como diria peu "that's what you missed on funcionamento da minha mente medíocre durante uma vida toda"

não perca a semana que vem.

adivinhou, hein

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

UP - altas aventuras.





* um detalhe da estampa do vestido, só pra ficar mais claro ainda o tom infantil da foto acima. :)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

its ok;




Fui na psiquiatra hoje depois de quatro dias de dor de cabeça. Nunca tenho dor de cabeça - o que eu descobri que é uma benção, porque 80% dos remédios pra ela tem Dipirona e eu tenho uma alergia ótima que me deixa com cara de conjuntivite-sexy.

De qualquer forma, lá estava eu pra discutir a pior notícia do ano, que, ao mesmo tempo é a melhor notícia que eu poderia ter dentro da pior notícia: a depressão.
A depressão é uma coisa assustadora, incute vários rótulos de fraqueza, culpabilidade, fragilidade e etcs... exceto quando, como a minha, é descoberto que é uma depressão de origem biológica e fatores genéticos: o cerébro não produz as substâncias certas em quantidades certas por um erro do sistema e aí qualquer pessoa, qualquer uma mesmo, do seu amigo mais fodão e individualista, o Stallone e até o Eike Batista se tivessem o seu cerébro, deprimiriam exatamente da mesma forma que você deprime. Se as biscates babacas que namoram homens cachorros dizem que " a gente não pode mandar no nosso coração, não é?" e a sociedade parece compreender e aceitar a postura delas, acho válido todo mundo entender e aceitar a minha: eu namoro um cérebro cachorro e preguiçoso que não produz as substâncias certas e minimamente necessárias - de verdade, não é culpa minha. Não é fraqueza minha. Você tem noção do alívio que é isso na vida? É aliviante demais.

Daí hoje, discutindo prescrição de remédio pra lá e pra cá, eu digo que não quero aumentar a dose, que eu que preciso rever minhas posturas na terapia e essas coisas quando a psiquiatra diz que é muito bonito eu tentar me responsabilizar e tudo o mais porque é bem raro isso, que normalmente as pessoas chegam lá querendo que ela resolva tudo - mas só que no meu caso, nesse momento, ela sabe que ela tem mais a resolver por mim - farmacologica-biologicamente - do que eu nas minhas próprias posturas.

sábado, 6 de novembro de 2010

faz sentido?

minha mãe sempre diz que cabeça vazia a gente preenche pensando demais, o que no meu caso é totalmente verdadeiro.
sabe, eu gostaria muito de poder deitar e dormir mas a minha cabeça não deixa nem com esse dramyn que rebate aqui.
eu só queria que as coisas fossem tão claras quanto uma fase de donkey kong e elas não são. tem aquela frase clichê que diz que vida é o que acontece enquanto fazemos planos e olha acho que é bem por aí.
a rotina da vida é uma só: nascer - crescer - envelhecer - morrer. pra isso não tem fuga, disso nao tem jeito de se esquivar (e justamente por isso a gente tena se esquivar.) essa certeza tão clara na minha mente (e cada vez mais clara) não me deixa viver, eu acho. admiro sinceramente gente que faz planos porque por aqui as engrenagens são: certo,pegar canudo de psicologia, começar uma faculdade nova, o que fazer domingo de tarde, ter uma conversa ou não, tentar trocar de carro, ir pra buenos aires ano que vem - e aí a mente estagna: sim, e daí? daqui a cinquenta anos eu vou tá de bengala, possivelmente doente, talvez viúva esperando a morte chegar. para alguns a morte dá sentido a vida: preciso aproveitar antes que o tempo acabe. pra mim a morte tira o sentido da vida:a conversa, a faculdade, buenos aires, tanto faz, daqui a pouco eu vou morrer e tudo que eu tiver feito até esse instante vai ter sido só pra fingir que eu não estava esperando morrer. acho que é por isso que eu acabo me apegando tanto as pessoas - depois que se morre, elas se lembram pelo menos? o que eu considero bem errado até, pensando bem, porque me torna uma pessoa que eu não quero ser: centralizadora, controladora, rancorosa, maçante, estúpida, carente e ruim de se ter por perto. não vou levar o canudo de faculdade nenhuma pro caixão, mas nem tampouco as pessoas. daqui a pouco vou casar e ter filhos para ter uma justificativa de que vale a pena ficar vivo porque tenho alguem que eu amo demais e que precisa de mim, que talvez no fundo, seja só uma transferência do afeto que sinto por meus pais para me acostumar com a idéia de que eles vão partir. (tenho pavor dessa idéia). acho que ficamos o tempo todo arranjando motivos para estarmos vivos, não importa que sejam motivos apaixonantes ou obrigatórios, é só essa busca de sentido como se tivesse algum lugar para se alcançar que não seja a morte. nem se pode dizer que se vai lembrar dos bons momentos,porque bem,a idade as vezes traz doenças que fazem esquecer - talvez eu vá pra buenos aires e seja ótimo, mas ninguém garante que eu vou me lembrar. talvez eu envelheça e me arrependa de não ter ido para buenos aires. quem sabe? não saber me deixa louca. as vezes o mundo é de uma crueza sem dó que apresenta provas que algumas pessoas tem a sorte de nao ter apresentadas e essas pessoas sonham mais(talvez elas sejam só mais aptas ou tenham mais facilidade em negar o inevitável): eu amo meu irmão mais do que tudo, mas quem me garante que daqui a trinta anos não vamos estar nos matando e nos odiando pela herança dos meus pais? isso acontece. fico fodida que isso aconteça. enfim, não quero julgar ninguém porque se cuspir pra cima cai na cara mas eu só acho que estamos dando importância ao que não tem importância e sei que eu não consigo fazer mais nada enquanto eu não responder essa pergunta: o que faço da vida enquanto a morte não chega? te abraço e digo que sinto falta de quando éramos amigos? vou pra a faculdade achando que é a coisa mais importante do mundo? tento transmitir algum valor pro meu irmão? me convenço a acreditar que a terapia pode me mudar? me declaroe peço um abraço? é como se tudo tanto fizesse, tanto fizesse, tanto fizesse. não importa se eu vou estar em Buenos Aires ano que vem só porque eu sei que algum dia eu vou estar velha, doente e desesperada? é preciso antecipar o desespero? não tem frontal que responda esse tipo de pergunta. nem rivotril.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

As coisas acontecem...

Depois de imrpimir um boleto vencido no dia 30/10 e só me dar conta quando minha mãe chegou do banco gritando, re-imprimir tudo debaixo dos berros de "irresponsável" e tudo o mais (leia-se tudo o mais Guga dizendo "eu detesto quando ela começa a ficar falando,falando, falando,falando assim...) estou inscrita no vestibular da UNEB (que oi, não faço ideia de que dia será!). Minha primeiraopção é Relações Públicas. Minha segunda é Letras/literatura. Vamos começar a cruzar os dedos, minha gente?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

4x verdade




Eu recebi um email lindo de Livinha hoje. Não quero entrar nos pormenores da coisa porque é íntimo e tudo o mais mas eu fiquei feliz e mal ao mesmo tempo. Me explico: ela me parabenizava pela coragem de ter me oposto ao que era esperado de mim para ir atrás de resolver minhas dúvidas, por me recusar a empurrar com a barriga, por querer ser feliz. Achei lindo ela ter me mandado esse email, achei de uma delicadeza...



O problema número um é que não é verdade isso. Eu não estou sendo responsável por cosíssima nenhuma. Eu estou apenas dando vazão a meu jeito de lidar com as coisas que não sei e que não quero lidar: estou fugindo, evitando, caindo fora. Vale lembrar que essa é a segunda faculdade que eu tranco. Não estou sendo responsável com o eu eu quero da minha vida, estou sendo eu mesma e usando uma estratégia não apropriada - fugir das coisas que são ruins - que é o que eu sempre faço com tudo, pessoas com as quais me desiludo, matérias que são chatinhas, brigas que eu não quero ter, problemas futuros que eu crio na minha mente e antecipo (como eventuais chefes problemáticos, dificuldades na área de trabalho e até mesmo distâncias grandes de casa pra a faculdade). Eu vou abandonando as coisas e arranjando mil justificativas para tudo que faço, e fazendo quase todo mundo acreditar que eu sei o que estou fazendo e que estou fazendo o melhor. Ou pelo menos até agora todo mundo tinha acreditado nisso.



O problema número dois é que eu não faço ideia do que me faria feliz e não tenho nenhum objetivo pelo qual sinta que devo despender energias correndo atrás. Até me inscrevi num vestibular para Relações Públicas mas realmente não faço ideia se é isso que eu quero e se eu não vou ter ganas de faltar a faculdade e trancar no primeiro professor chato que aparecer, sabe? Basicamente, a soma de 1 + 2 é o resumo de toda ópera da minha vida: a completa noção de que eu não faço a menor ideia do que fazer + o completo pavor de fazer qualquer coisa que possa eventualmente vir a dar minimamente errado me impedem de fazer qualquer coisa. É mentira portanto, e uma mentira convencionada, que eu estou sendo corajosa e lutando pelo meu destino de felicidade. O que eu estou sendo é frouxa e irresponsável e me recusando a adultescer e administrar qualquer tipo de responsabilidade que inclua alguma espécie de desprazer. A felicidade pra mim é ter dois meses assim, pra ler quantos livros eu quiser, ir ao teatro, ir a uns shows, ir tomar sorvete com um amigo no meio da tarde de quarta-feira. Infelizmente, a vida não pode ser isso...não é? Virar adulto não é uma opção que se adequa a sua personalidade, é uma eminência do correr natural da vida, eu acho.

Esse email lindo me fez lembrar disso, dessa minha constante sensação de estar enganando todo mundo sobre quem sou, o que faço e como me sinto e de como sou realmente boa nisso. Na mesma medida que recebo carinho, percebo como é fácil ser sozinha.

Não fui fazer a segunda fase da OAS. Ainda não paguei a inscrição do vestibular da UNEB - que termina amanhã. Ainda não fiz minha mala pra viajar amanhã.

Enfim. Livinha, você é linda, obrigada por todo o cuidado.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

falta de sincronia.

essa semana aconteceu uma coisa que mais ou menos define todo o funcionamento estrutural da falta de ritmo/coerência/sincronia da minha vida: depois de séculos de mimimi pra lá e pra cá, eu finalmente fui compelida a tomar uma decisão e tranquei a faculdade de psicologia e me dei dois meses para pensar sobre o que eu quero da vida enquanto todos ao redor me dão aquela pressionada básica porque a idade tá na porta e a responsabilidade não alcançou nem a portaria ainda. daí, bem assim: tranca-se a faculdade numa quarta e numa sexta a OAS te manda email chamando pra a próxima fase da seleção de estágio deles. sabe?