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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Wishlist.



Bom, meu maior problema na vida não é bem não saber o que eu quero, isso eu meio que até sempre sei; a minha grande questão é que eu não sei se o que eu quero me faz bem, eu nunca sei se eu aguento exatamente o que eu quero - então eu desejo e deixo ver se rola e se rolar eu faço o melhor que der, torcendo pra não me ferrar tanto, pra variar. Então, assim sendo, pra 2010 eu seria bem feliz com um fox (ok, não vai rolar), um estágio bem bom (para compensar o semestre que vai ser uma bosta total), muita coragem, energia (muita, muita, muita!) e ousadia. Eu queria variar o meu próprio roteiro, pra poder me reinventar sendo fiel a mim mesma. Paz, saúde pra todo mundo que eu amo, meus amigos sempre por perto (ainda mais agora que eu sinto falta dos que foram pra longe. alô alex, alô peu!) e cada vez mais amigos, mais risadas, mais momentos legais, mais amor. Quero tentar me despir dessa roupinha grossa e de lã chamada ironia, que eu uso pra me proteger.


Em 2009 eu consegui evoluir positivamente. Acho que fui o pilar emocional da minha própria familia em alguns momentos dificies e acho que fui pilastra de apoio para os amigos nas horas mais chatinhas - talvez não para todos ou não como gostaria, mas eu nunca me esforcei tanto quanto nesse ano, tinha horas que eu me sentia num ringue de boxe! (Sendo ladra do jogo e contando com o finalzinho de 2008) esse ano eu consegui passar (ok, entre idas e vindas) onze meses com uma pessoa e agora já estou em um relacionamento - este, de fato maduro, sério e tranquilo (tks God, tks 2009) - a seis meses - para uma pessoa com pavor de abandono, julgamento, decepcionar os outros, um pouco teimosa e bastante cabeça dura e desconfiada e a cada ano ficando mais antipática (sorry) até que são números bons, até que é um amadurecimento, uma evolução, um crescimento.
Em 2009 eu fiz um semestre muito bom na faculdade (um dos melhores!) e outro semestre completamente bizarro, no qual eu não quis nada, chutei o balde, caguei e andei e mesmo assim, ainda consegui ter ótimas médias e ainda consegui arranjar uma matéria que abalasse meu amor pela psicanálise. Depois passou, psicanálise still my love(r). Conheci algumas pessoas, me aproximei de outras, reecontrei outras que eu havia perdido pelo caminho, vi algumas pessoas irem embora, outras voltarem, aprendi a escrever novos começos para os fins. Em 2009 escrevi muito menos, bebi muito menos, tive cada vez menos paciência, me enganei muito menos, li muito menos e também briguei muito menos com o meu irmão.
Basicamente, a vida fluiu, seguiu, continuou, floresceu, foi boa. 2009 foi um ano bastante tranquilo. Espero que 2010 possa ser a mesma coisa: tranquilo. Eu já entendi que todos os ramos da minha vida precisam de mim para ter rumo, exceto um. Então, em 2010 vou tentar programar meus rumos e ramos e deixar esse único se resolver como for, acho que vai ser mais proveitoso.

2009, tks for coming, mas agora é com 2010.
Ótimo ano novo para todo mundo.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Hit me with your best shot, baby.

Quero ver toda mulherada de mãozinha pra cima, cantando a plenos pulmões pra todos os idiotas que acharam que iam destruir nossos corações! Parece que eles não atiraram direito, né? Quero ver a carinha de roqueira provocativa quando perguntar 'porque' ele não lançou o melhor tiro, hein!


Pat Benatar - Hit me with your best shot.

"Well you're a real tough cookie with a long history
Of breaking little hearts, like the one in me
That's okay, let's see how you do it
Put up your dukes, let's get down to it
Hit me with your best shot
Why don't you hit me with your best shot?
Hit me with your best shot
Fire away!
You come on with a come on, you don't fight fair
That's okay, see if I care
Knock me down, it's all in vain
I get right back on my feet again!
Hit me with your best shot
Why don't you hit me with your best shot?
Hit me with your best shot
Fire away
You're a real tough cookie with a long history
Of breaking little hearts, like the one in me
Before I put another notch in my lipstick case
You better make sure you put me in my place
Hit me with your best shot
Hit me with your best shot
Hit me with your best shot
Fire away
Hit me with your best shot
Why don't you hit me with your best shot?
Hit me with your best shot.
Fire away"

Maria del bairro, eu sou.

Na primeira cena de Vicky Cristina Barcelona, vemos duas moças entrando num táxi, uma loira e uma morena. A medida que o narrador vai nos explicando quem é quem, o foco da câmera se fixa na personagem enquanto ele traça os perfis. O que Vicky, Rebeca Hall, a morena, quer da vida é definido: estabilidade, segurança e esforços para manter sua vida numa rotina cheia de projetos já traçados, ela já tem seu próprio roteiro e não pode duvidar dele (mas isso só descobrimos depois) – suas roupas são sérias, seu tom é sério e ela está viajando para estudar arte, uma coisa séria. Depois a câmera foca em Scarlett Johanson, a loira, e vai logo nos dizendo: esta é Cristina, uma atriz que basicamente se define como alguém que não sabe o que procura e nem sabe o quer, mas basicamente sabe o que não quer: ela não quer monotonia. Aventura – romântica, profissional, geográfica – transformação e descoberta são com ela, como ficará a cada cena mais evidente. Destemida, eu diria. Oposta a Vicky. Depois dessa cena, em que cada personagem fica claro, vem a música Barcelona, de Giulia y Los Tellarinis, com um refrão em espanhol, no violão que nos convida a refletir: “por que tanto perder-se, tanto buscar-se sem encontrar-se?”
Nesse filme, falou-se muito de Penelope Cruz com sua Maria Elena, mas eu não dou a mínima, atirar em namorado, gritar em espanhol e dividir marido com outra mulher não são a minha vibe. Andar com maquiagem borrada, pintar quadros e ir pro manicômio não fazem eu me identificar. Pra a minha neurose, o bingo desse filme é Vicky, engaiolada em si mesma, sem escapatória, na vida que ela escolheu pra ela – até porque, ela não tem coragem de escolher nada diferente.
Então que, eu, aos vinte e um anos, sem emprego e/ou perspectiva de um emprego, no meio da minha crise – não posso evitar de me perguntar porque tanto perder-se, tanto buscar-se, sem encontrar-se! Não posso deixar de lado essa minha vibe de eterna luta entre Vicky e Cristina. Larguei a faculdade de jornalismo, estou no sexto semestre de psicologia agora – e com uma vontade bem grande de largar de novo, para fazer jornalismo. Sou ou não sou sensacional?! O que importa, na verdade, é que eu não tenho nenhuma coragem de largar o curso e vou engoli-lo até o final, de qualquer forma. O que faz de mim Vicky. Minha Cristina vai sonhar com outros cursos, talvez letras, talvez jornalismo, não sei bem. Minha Cristina vai querer uma vida de ganhar dinheiro na internet, de ganhar dinheiro escrevendo sobre literatura, falando sobre tendências de moda, escrevendo artigos de final de revista debatendo o comportamento humano, quem sabe até sendo cronista de jornal? Minha Vicky vai se formar em psicologia e procurar um emprego em qualquer área- inclusive na mais chata de todas, a de recursos humanos.
Minha Cristina quer uma bateria, um girl band, um rocknroll, uma cerveja, irresponsabilidade, não pensar no dia seguinte. Minha Vicky vai continuar antecedendo-se as conseqüências, conhecendo os limites, receando os riscos. “Banda é pra adolescente, cerveja dá dor de cabeça, você sabe que isso não vai ficar impune...”. Minha Cristina quer perder o fôlego, se mudar pra um apartamento lenhado e viver de amor, quer jurar amor eterno, não dormir dançando na sala, exaurir amor até a última gota, quer emoção, aventura, todo dia uma coisa diferente, sol, tesão, loucura, dúvida, medo, paranóia, ciúme, gritos, paixão. Minha Vicky chora se não ligam no dia seguinte, gosta de imaginar que amanhã ainda será amada, curte uma rotina de estabilidade e segurança, adora o clima de amizade de um relacionamento sério, acha que sair pra jantar é a melhor coisa que um casal faz e precisa de um homem bem seguro, calmo, bacana, de conversa agradável, sorriso fácil, paciência e companheirismo ao seu lado. Não sei o que eu digo pra a Cristina entender que vida loka não é a da Vicky. Não sei como faço pra a Vicky entender que arriscar a La Cristina é o sazon da vida.
Na verdade, eu sei que todo mundo é assim. Sei que todo mundo passa a vida negociando entre os lados opostos, sei que todo mundo cada hora quer uma coisa e por isso não sai decidindo nada em cima da hora, de qualquer jeito, nas coxas. Eu sei que quem namora há dez anos, já quis sair por aí com um cara novo só pra saber como é que é tudo aquilo de novo. Assim como sei que quem assume todos os desejos e fica com quem quer na hora que quer, também abraça o travesseiro querendo alguém que se saiba que amanhã na hora do café da manhã ainda estará lá. A verdade é que queremos tudo, e buscamos tudo, e nos perdemos todos e não encontramos o que queremos. A verdade é que não sabemos, todos, o que queremos – e que, alguns de nós, como bem nos lembra Vicky, ainda que descubram o que querem, não vão fazer nada para conseguir, porque isso vai contra o planejamento, contra as colunas de certezas que construímos para conseguirmos nos manter de pé.
Eu era louca pra ser repórter de jornal, há muito não sou mais. Eu era louca pra ser analista, há pouco não sou mais. Eu era romântica e queria casar, também já fiquei pelo caminho. As coisas que eu desacredito vão crescendo numa pilha de fichas que já apostei bem do lado da pilha de coisas que ainda acredito, que só decresce. E nem é isso que me incomoda na verdade – é não saber o que eu quero, exatamente. Porque, se eu soubesse que quero ser fotógrafa, e que não tenho coragem pra peitar isso, eu teria uma frustração com razão, eu poderia reclamar comigo mesma e me blasfemar. Mas quando você não sabe de nada, você não tem nada e não se poder mudar o nada.
Eu tenho vinte e um anos, queria um estágio que não fosse uma bosta, queria uma grade menos cachorra pro semestre que vem, rezo todo dia pra que meus amigos e meu namorado continuem me agüentando com todos os defeitos que eu tenho e que sei que não mudarão; e acho que preciso desesperadamente de uma cerveja. Eu tenho vinte e um anos e minha vida se parece com um dramalhão mexicano que passa no SBT, com dublagem ruim e penteados cafonas – pode ser também um sitcom humorístico bem tosco com risadas gravadas ao fundo, para que, quando a cena estiver muito ridícula, as pessoas que assistem e interpretem se forcem a rir ao invés de chorar. Maria Del bairro eu sou. Ou the new adventuras of old Juliana. Nunca se sabe.


pS. Sobre o filme em si, eu já escrevi, tá aqui ó: (Não gosto de quase nada que escrevo, mas como gostei desse filme, o texto captou bem como eu me senti ao sair do cinema.)

http://conversadebotasbatidas.blogs.sapo.pt/55423.html

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Criminal Minds.

gato, vemnimim? faz o meu perfil?


Bomo, como eu deixei a terapia, não tenho mais divã pra deitar nem platéia para ouvir os meus sonhos. Por causa da terapia e do hábito de falar sobre sonhos por lá, eu sonho muito e me lembro quase sempre. Aqui vamos nós.


Eu estava bem feliz numa festa, e do lado de fora tinha piscina, eu tinha cortado uma franja e estava estreando o penteado. Daí um amigo meu, psicólogo, me chamava do lado de fora da festa porque a ex-mulher do nosso chefe – que assim, era o Thomas Gibbs, agente Aaron Hotchner, de Criminal Minds – tinha chegado lá com dois seguranças para bater na gente e pedir pra ele retomar o casamento com ela. Daí meu amigo virava ninja e lutava com os seguranças, que sumiam e todos nós iamos para a mesa de jantar, ficava claro e evidente que eu tinha um envolvimento amoroso com o Hotchner, e enquanto todos comiam, a mulher dele nos olhava com cara de muito malvada – e ele só piscava, mostrava o crachá e dizia: ‘eu não sei o que é ter medo.’ Eu saia da mesa com ele, o abraçava, rolava um clima. Fim.


Acordei feliz da vida porque sonhei com ele, batizei minha banda no guitar hero com o nome do personagem e estou evoluindo progressivamente – já destravei quase a metade das músicas disponíveis, com a ajuda essencial do namorado. Só queria avisar ao meu inconsciente que existem questões muito mais importantes a serem resolvidas antes de ele ter tempo para brincar de Maria-do-bairro-comédia-romantica-hollywoodiana com os personagens de criminal minds enquanto eu durmo. Só queria avisar pro meu inconsciente um montão de coisas, mas estou meio de mal com ele, porque ele está bancando o adolescente incontrolável longe do divã – e eu tenho muito medo que ele faça a Suzane Von Richtofen e me mate enquanto eu estou dormindo. Já disse Sthepen King que "monstros são reais e fantasmas são reais também. Vivem dentro de nós e, às vezes, eles vencem". Meu ano novo está virando dias das bruxas.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Final de semestre.


Se vocês são pessoas boas que querem ter vidas sensatas, fica a dica aqui: não resolvam ter uma crise de inferno astral em pleno fim de semestre da faculdade. Conversem com seus familiares e peçam, com um sorriso no rosto, pra eles só surtarem depois do dia 10/12, para eles só destruirem seu coração depois dessa data, para seus amigos não sacanearem antes do dia D pré-estabelecido, para sua terapeuta não ir muito fundo nas sessões que antecedem este dia, para seu namorado não brigar com você - ou seja, peçam para o mundo parar que vocês querem descer mas jaja vocês voltam, sorridentes e de biquíni, para ir pegar uma praia na viagem de ano novo.
Infelizmente, eu esqueci de avisar isso as pessoas. Mas, mais infelizmente ainda, também me esqueceram de avisar isso - ou seja, vamos me ligando aí, me mandando mensagem, me mandando email para dizer 'just because i'm busy doesnt mean i dont love you' ok? Porque essa coisa de me sentir mal amada, complica ainda mais o já triste processo de encerramento de trabalhos do semestre mais chato da minha vida estudantil e me deixa com emoções a flor da pele - que eu não posso descontar em nada e nem em ninguém - que fazem com que eu assista House para fazer um trabalho ACADEMICO e chore litros com as mazelas da vida hospitalar.
Quer dizer, bela bosta né. Bela aspirante a pessoa normal. Bela aspirante a psicologa.

Trufa.

Quer dizer, as pessoas não tem mais nem sequer noção da expectativa das outras e com isso causam frustrações que tiram o prazer das pequenas coisas. Vou eu, muito feliz, comprar uma trufa de maracujá - porque eu amo maracujá e etc e tal e todo mundo sabe - mas aí, quando chego lá, a trufa de beijinho tem um papel tão bonito e quando eu olho aquele beijinho, tão branquinho no papel da trufa que quase sinto o gosto do doce e penso 'porra, tô pagando e engordando mesmo, me vê aí uma trufa de beijinho'. Cem anos que eu não comia trufa, vou super feliz abrindo o bombom, mordo e... UM RECHEIO MARROM. Parecia até uma trufa de amendoim. Minha mente super confusa, né. Quer dizer, respeito com o consumidor não trabalhamos, além de eu supor sempre que beijinho é uma coisa branca, a imagem do papel ainda me iludiu mais. Que tipo de gente embala num papel com beijinho branco e vende beijinho marrom? Comi minha trufa, que tinha gosto de beijinho, porque já tinha comprado e já tava lá mesmo fazendo nada né, mas perdi totalmente o tesão. Fui iludida. Uma consumidora enganada. Da próxima vez, a boa e velha trufa de maracujá.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sonho




As chances de eu cair desse sapato são de 100%. Mas quem se importou com isso quando achou ele maravilhoso e comprou? Não eu...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

É que falaram primeiro...




Quando alguém fala exatamente tudo de um jeito muito melhor do que você conseguiria falar, o que você faz? Dá um Ctrl C + Ctrl V e CREDITA, certo? Certo. Então, aqui vai! :)





Link do blog de onde eu retirei essa imagem e esse texto , retratado abaixo: Mary Jo living alone: Well who could blame her if she's sleepy?


-> http://whocouldblameher.blogspot.com/2009/11/so-pra-constar.html





Aqui vamos a reprodução, porque oi, se ela tava falando dela, acabou calhando de falar de mim, sabe?





Só pra constar



"Eu sou tão casca-grossa, mas tão casca-grossa, que quando fico estressada aparecem espinhas no meu couro cabeludo. Uma forma do meu corpo dizer "não, não me faça cafuné, eu sou forte e fodona".Mentira, claro.
O problema é exatamente esse, eu sou que nem aqueles docinhos de leite que são duros por fora e meleca por dentro. Eu sofro horrores e só queria um bocadinho de amor, mas aí todo mundo me olha e pensa "uau, ela é super foda e bem resolvida, nem precisa de ninguém", daí eu me dou mal."





Querida Fabiane, eu te entendo. Juro que entendo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Seleção de estágio.

Bom, falei muita besteira (messsssssssssmo) na seleção de estágio e super sei que já era. Mas eu JURO que se eu perder a vaga pra a menina que tava de rasteirinha, ou pra a menina que tava de barriga de fora, ou pra a menina de camisa regata....aí eu vou pirar, porque é um sinal claro de que o mundo corporativo perdeu a mínima noção do que é bom senso profissional. Tenho dito.

Eu nem sinto os meus pés no chão.


Eu queria ser uma centopéia.
Incrivelmente (ou não, pra mulheres que tem na vida homens sensíveis e antenados, como os que eu tenho), os pares mais lindos foram presentes de dois homens, meu pai e meu namorado!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Voice into my head.

Olha, é uma coisa normalissima perguntar pra psicologos e estudantes de psicologia que tipo de paciente ele não sustentaria atender. Vou te contar, depois da seleção de estágio que eu fui hoje, tenho que falar: lido com perversos, me manda os neoróticos, traz a galera bulímica, chama todo mundo que tem toc, vamos fazer terapia com homosexuais, famílias, casais em crise, adolescentes problemáticos, alcoolatras - mas sério, NÃO me pede pra conviver com gente que tem a voz irritante. Só isso, por favor. Eu não aguento. Em dois minutos, eu nem tô ouvindo mais, já tô imaginando porque-diabos aquela voz de desenho animado de princesinha mimimi ainda existe...

Voz enjoada? Do not disturb.

domingo, 8 de novembro de 2009

Meu siguino.

"Meu siguino é o melhor" é uma comunidade no orkut. Depois as pessoas abrem as janelas do meu msn para criticar a minha amargura com o mundo. Fale sério!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Por outro lado...

Por outro lado, meu dia hoje ia ser horroroso e cheio de coisas pra fazer. Contudo, como o sono era muito porque eu fiquei namorando e cheguei tarde em casa, dei um zig na exibição e análise de Amelie Poulan as sete e trinta da manhã e fiquei dormindo até as nove. Descobri que engordei essas quatrocentas gramas e lenhei com o resto do meu humor para sempre. Mas a professora mandou uma mensagem falando que ela está doente e não vai ter estágio hoje (o que me dá uma tarde inteirinha livre). E agora eu só tenho que tomar vergonha na cara e arrumar minha mala pra viajar amanhã, ir no salão, ir fazer ginástica com as meninas, ter uma aula de biologia com Dan. E ainda assim, eu sinto que vou enrolar essa aula de biologia e acabar escolhendo outro tema para o meu trabalho de psicologia analítica - depois vou me culpar pela displicência de não ter feito sobre o tema que eu queria por pura preguiça. De qualquer forma, amanhã vou passar cinco horas no avião, em companhia de dois livros sensacionais ("Conversas com Woody Allen" e "Consolação") e depois, estarei em São Paulo com Xu. Não faço idéia do que faremos por lá, mas a gente vai fazer coisas legais, com certeza. E também, vamos assistir filmes pro trabalho de ética.
Enquanto amanhã não chega, sigo abrindo o word e o email e fazendo uma planilha muito interessante para o amigo secreto 'mimimi' de natal das minhas amigas. Vida interessante e útil é para fracos.

Metabolismo?

Tem três semanas que eu não como biscoito de chocolate (ou qualquer outro), salgadinho, pão de sal, macarrão, lasanha, (nada de massas, na verdade bem verdadeira), queijo, presunto, fritura, doces (ok, comi dois bis e um batom branco nessas tres semanas), sorvete, comida de boteco, lanchinhos na doces sonhos, mc donalds, coca-cola, bis, fast food, salgados de lanchonete, cerveja, amanditas, batata frita...
Ou seja, tem três semanas que eu como salada de folhas e verduras variadas, arroz integral, frango grelhado, salmão grelhado, sopa de verdura, pão integral, salada de frutas, blanket de peru, requeijão light, vitamina de banana de molico e nescau light (!), sucos de frutas, chás, torradas integrais e barrinhas de cereal.
Há três semanas eu estou fazendo exercicio físico, de segunda a sexta, sagradamente, normalmente por uma hora e meia. Para quê? Para que hoje, justo hoje, bem hoje, hoje mesmo - a balança me diga que eu ENGORDEI 400 gramas. (ok, eu já emagreci um tanto, e estou engordando em cima do que eu emagreci, MAS MESMO ASSIM!)

Conclusão? Dieta, exercicio, metabolismo, hormônios, enzimas, calorias, "o tempo do meu corpo"... vão tomar no cu! Amanhã tô indo pra são paulo e vou comer sanduiche de mortadela e pastel de feira até morrer. Grata desde já.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dúvida.

Amar é o quê,
se não for também,
saber a hora de dizer 'não'?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Gente intratável.

Minha definição de gente intratável (sobretudo, de homem intratável, por isso, vai o texto no masculino, mas manjem que serve pra qualquer pessoa de qualquer sexo e portadora de zero grau de educação e bom senso):

O intratável fala alto (oi? num ambiente público?) com a sua parceira e com os funcionários que estão atendendo eles. Xinga alto. Reclama grosseiramente com os funcionários. Olha pra outras mulheres (peitos, bundas, coxas, o que aparecer (!!!!!!!!!!!)) na frente da parceira dele. É indelicado. Faz comentários desnecessários com vocabulário de baixo-calão. É insensível. Confunde o que é coletivo com o que é pessoal (gente que vem na pista da esquerda e quer cruzar quatro pistas em cima do retorno da direita, pra poder fazer o retorno e buzina loucamente na hora H porque acha que todos que estão no trânsito naquele momento tem obrigação de deixá-lo passar até o retorno enquanto ele fica parado prendendo uma pista toda para conseguir o que ele quer, ao invés de ter ido cruzado aos poucos a pista, por exemplo. Ou gente que vai pra a fila da livraria -e juro, eu estava no caixa e atrás de mim não existia fila, a pessoa era a primeira da fila!- e pega uma cadeira da lanchonete e senta na fila, porque né, ela tá cansada. Ao ser avisada pela pessoa da lanchonete da livraria que ela não poderia fazer isso, surtou geral e disse que tava cansada e que fazia o que queria e que precisava ficar na fila. Esse DEFINITIVAMENTE é meu conceito de gente intrátavel. Esse DEFINITIVAMENTE é o defeito que mais me irrita nas pessoas.) Não se coloca no lugar dos outros. Se acha superior. É egoísta. Acha que todo o resto da humanidade nasceu para suprir seus desejos. Não respeita a etiqueta (nem sei se sabe que ela existe) mínima do bom-senso em relações sociais ou espaços públicos.

O retrato da miséria humana, em resumo.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Thats the way, i liiiiiike it.




Malditas cebolas.

Quando alguém faz uma coisa comigo e eu não gosto, me é costumeiro pensar em como seria que a pessoa deveria fazer para que eu gostasse. Muitas vezes, eu assumo, ainda que a pessoa fizesse do jeito que eu penso que é o jeito certo, em algumas situações, ficar zangada me seria inescapável - pro que é ruim, não tem jeito que conserte. (mas ok, alguns amenizam!)
Terminar por carta certamente não é algo que eu julgo decente, mas também não diria que alguém já conseguiu terminar comigo, por exemplo, de alguma forma decente (algumas pessoas se deram o trabalho de serem cruelmente indecentes, até). Me coloco sempre a questão: um fim que só chega pra um, tem como ser decente pro que não o recebeu e ainda assim receberá? Não sei responder.
Quando cheguei no MAM pra ver a exposição de Sophie, eu já sabia que eu ia achando o sujeito que escreveu a carta um bandidão - sentimento natural de união da espécie feminina? sentimento natural por ser compartilhado por pessoas que já viveram a situação 'pé-na-bunda'? quem sabe? - mas eu tive pensamentos que eu não esperava, além deste, já esperado.
Eu gosto de pensar nas coisas como dramas adolescentes, como se expressar grandes sentimentos (bons e ruins) fosse privilégio da pouca idade e do descobrimento emocional. Ver gente bem-resolvida, trabalhando com coisas elegantes, sóbrias, falando com rancor sobre amor, percebendo a vulnerabilidade que elas atribuiam ao amor foi uma experiência diferente. Eu achava que 'quando eu crescesse' más-resoluções amorosas não seriam a coisa mais importante da minha vida. Como o amor pode ser tema de minha monografia, uma distinta senhora famosa pela sua arte estava se debruçando sobre sua vida pessoal para fazer arte (arte? alguns se perguntam) e aquelas mulheres fazendo questão de me lembrar em fotos gigantes, em filmes curtos e em textos elaborados: ele sempre está presente. Para umas mais, para outras menos, para umas com mais tristeza, para outras com mais raiva.
A carta é bem-escrita. Mas o amor não quer saber ler. Ele quer saber-se acompanhado. Ele quer saber-se bastante pro outro. Ele quer saber-se forte, alimentado, compartilhado.
A primeira mulher que vi no vídeo xingava o rapaz de filho da puta e eu sabia que era algo que eu também facilmente faria. A segunda ia se espantando com as sobrancelhas ao ler as coisas que ele dizia - e eu ia concordando com ela, as exigências de Sophie eram óbvias - ela não pedia nada que não fosse comum ao amor.
O melhor do livrinho com as impressões sobre a exposição: a adolescente, que disse que o rapaz se achava, a mãe de sophie tratando o assunto quase com um sorriso doce de pena da ingenuidade da filha famosa, a professora de educação infantil que sugeria que 1. descobrisse-se quem era o herói da história. 2. reescrevam o final da história. (e Sophie não tava reescrevendo mesmo não, ela tava fazendo o que ele disse: cuidando de si.)
E o melhor da exposição toda: uma senhora, numa cozinha mega colorida, num espanhol (que sempre já soa dramatico) lendo a carta, como uma mãe protetora, pontuando as obviedades de Sophie e execrando o cara na sua tentativa de surrealizar enquanto fatia algo ; ela começa a chorar. Olha pra a câmera e diz: malditas cebolas. Não é isso que fazemos o tempo todo? Nos afastamos do que realmente nos faz chorar, pra focar nos motivos que aceitamos ter para chorar.
Vai ver o amor é isso. O intervalo das nossas banalidades. O fôlego que tomamos entre um mergulho e outro. Não temos tempo para o amor. Mas temos que ter tempo para as cebolas. Malditas cebolas.

domingo, 11 de outubro de 2009

Eu quero..!






Eu quero todos os bonecos de "Up- Altas aventuras" e de "Tá chovendo Hamburguer".




Como faz?

sábado, 10 de outubro de 2009

Nada cool.

Não entendo esmalte com glitter. Não entendo rebeldia casual-chique (uso drogas e moro na casa da minha avó, por aí). Não entendo gente que defende causas. Não entendo que a máxima epopéia terrestre seja o bate-volta open-bar para festas bacanas de camisa em lugares classudos da bahia (hello, sauípe). Não entendo também gente que acha que a prova que vai rolar na semana é a coisa mais urgente e fundamental do sistema solar desde o big bang. Não entendo falta de senso de humor. Não entendo gente que tem temas-tabus (tudo o mais pode virar piada, EXCETO tal coisa). Não entendo gente que fica louco com o senso de humor dos outros. Não entendo gente que faz amigos na academia (muito menos entendo gente que curte fazer academia). Não entendo mulher de vinte, vinte cinco, trinta anos, que curte Pucca, Hello Kittie, Barbie - e usa caderninho, roupinha, cortininha, bonequinha dessas coisas (aqui o azedume é meu, assumo). Não entendo porque vieram com essa onda de que o esmalte do verão é azul claro ou de que o salto do verão é de acrilico (fale sério).

Não sei se eu que ando muito chata, mas continuo acreditando na leveza das coisas. Não sei se eu ando mais ranzinza do que o de costume, mais exigente do que o usual, mais careta do que o já intrinseco a mim. Mas tô de saco cheio dessa vibe modernidade que as pessoas acham que exalam quando consomem coisas trendys. Dessa gente que acha que ser legal é isso, ser adulto é aquilo, estar na vibe é numseiquelá e se divertir já vem com sinônimo automático. ZzZzzZzz.

O mau humor tá comendo no centro - deve ser porque eu resolvi que preciso frequentar uma academia. (!) Pois é.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Meu passado me condena.

É com pesar e vergonha que eu assumo que meu passado me condena. Vendo um álbum antigo, descubro que eu já tive cabelo tão joãozinho (com uns três anos) que meu irmão (que hoje tem quatro anos) me pergunta, olhando a foto: "ju, os meninos riam de você quando te viam?". Sucesso.
Já estive numa FESTA DE ANIVERSÁRIO da minha mãe (quando eu tinha uns oito anos) vestindo uma camisa de propaganda (azul e vermelha) e um shortinho de lycra listrado (em laranja e verde) e me deixei fotografar transitando livremenente pelo evento, com toda minha classe. (anham, claudia)
Em outro momento, há uma foto espetacular, onde eu estou toda trabalhada em tons de roxo (já com uns treze anos), numa saia de ponta, uma blusa de glitters lilás (sem sutiã, sendo que, com treze anos eu já tinha um peito assim, respeitável), um cabelo 'não-entendi-a-proposta' e uma sobrancelha maravilhosa (nem penteada está.)
Por fim, eu, com quatorze anos, em alguma festa de finalização de curso de algum MBA de meu pai, usando um vestido rosa-choque com uma bolsa dourada.

Sério, alguém me diga, onde estava minha mãe neste período que não estava prestando atenção na minha criação? Tomando conta da minha imagem? Construindo uma mínima noção de auto-estima e beleza para a minha singela criança?

Fica a dúvida, aí.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Desejo e implicação.


[Influências gritantes neste texto (porque, obviamente, antes, já eram influências gritantes para a construção do meu próprio pensamento teórico - a ser linkado com o meu pensamento de vivências): Sigmundo Freud [obra completa, pai da psicanálise, etc, bla], Jacques Lacan e Contardo Calligaris [que vira e mexe volta pra essa temática, tendo feito isso numa coluna recente da Folha de São Paulo, chamada "Casamentos possíveis" (google it, preguiça, vale a pena) e em muitos outros textos da sua obra]. Isto posto, tendo agradecido e dado referencias bibliograficas e ovacionados as fontes e os mestres posso prosseguir e escrever em paz, enfim, aleluia. ps. o que eu não gosto de textos que apelam pra a teoria é que eu nunca posso me responsabilizar de que, num texto no meu blog, eu não vou meter minha opinião ou minha leitura no meio da teoria, ao invés de apenas repassa-la com a sabedoria universal dos grandes teóricos que me antecederam. ZzzZZzZzzz. foda-se, o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser.]








Para falar em discurso psicanalítico, a gente tem que assumir o discurso do desejo, da pulsão. Junguianamente falando, o que estamos discutindo é a energia que nos move. Psicanaliticamente, falaremos de desejo, pulsão, libido, erotização (não banalizem, vamos além do óbvio, por gentileza - é a energia do movimento, do desejo e não o sexo e pronto, ficaadica) como coisas que nos fazem caminhar, fluir, prosseguir. Um corpo inerte - embora vivo - é o de um sujeito sem desejo. Desejar é mover-se. Embora, contudo, sejamos (quase) todos seres inseridos na falta, através de um processo de castração que nos introduz em um outro mundo de sujeito faltante e portanto, também, numa outra possibilidade de relação com nossos desejos. Nos falta e desejamos e ainda assim, sempre continuaremos faltantes. Complicado, né? Mas onde esse bolo doido de conceitos e conteúdos pragmáticos vai dar? É que, na vida, não basta desejar - desejar, desejaremos muito, porque achamos que culturalmente é mais saudável se desejarmos (exemplos clássicos: nem todo mundo que casa queria casar, nem todo mundo que tem filhos queria de fato ter filhos, nem todo mundo que se diz heterosexual é de fato heterosexual mesmo e etc), porque inconsciente somos movidos a ou por qualquer outra razão.



O caso é - embora nem todos os desejos se realizem - até que ponto estamos de fato IMPLICADOS com nosso desejo? Posso ser gordinha e desejar ser magra - mas pra me implicar com esse desejo, é preciso que eu malhe ou faça dieta ou tratamentos estéticos ou tudo isso junto - apenas o meu discurso desejante de ser magra não me emagrecerá, é preciso assumir um compromisso com o meu desejo. Posso ser sedentária e desejar me tornar alpinista - mas só estarei implicada com o meu desejo quando for fazer treinamentos,comprar equipamentos, dormir em montanhas geladas, abdicar da minha rotina e de fato, subir pelas paredes (ou melhor, montanhas.). Posso ser casada e desejar ser solteira e devoradora de homens - mas só estarei me implicando com meu desejo quando pedir o divórcio, sair pra caçar, fizer sexo com todos os homens pelos quais eu me sentir atraída, conseguir lidar com as cobranças da minha família e da sociedade e com as consequências da minha postura. Ou seja, entre o desejo e a implicação várias vezes o que existe é abismo. Medo de correr riscos, medo do que vão pensar, medo de como vão reagir, medo de fracassar, medo de perceber que não era bem isso que se queria, medo de assumir as consequências, medo de ser corajoso. Medo, medo, medo. E mais medo ainda. Mas, se a gordinha quer ser magra, porque não é? Se o cara quer ser alpinista, porque não é? Se a mãe de família quer ser sexy lady, porque não é? É só por medo mesmo?



Esse é o ponto principal onde eu queria chegar: será que essas pessoas queriam mesmo? Uma coisa é um desejo plantado, outra coisa é um desejo verdadeiro. Um monte de gente sobe o Everest - ou seja, hoje em dia já é algo até mais difundido, mas, mais gente ainda trabalha sentadinho na frente do PC e vai até o cinema para ver as grandes aventuras - porque assim é mais fácil, é mais cômodo, porque assim sabemos como pagar as contas no final do mês, porque desejamos segurança, porque queremos ter dinheiro quando nos aposentarmos, porque queremos estar vivos, enfim, motivos mil e variados - mas, ainda assim, muita gente vai pra análise pra chorar esses desejos não realizados, e, veja só, para culpar algum outro pela não realização do seu desejo!



"Eu queria ser bailarina, mas aí, porque meu marido foi convidado pra trabalhar em Manaus, eu tive que abdicar disso" - já disse Calligaris mil vezes - será que essa mulher, viveria com calos, ensaiaria horas seguidas, viajaria pelo mundo sem constituir uma família sólida, faria do seu corpo seu instrumento de trabalho, encararia o desafio de fazer testes para grandes companhias, ou esse é o só o jeito dela se consolar - e de não se sentir responsável pela escolha que foi ela que fez para a vida dela? "Ah, minha vida seria melhor se eu fosse bailarina, mas agora que eu já casei, já envelheci e já não dá mais, terei que continuar vivendo essa vida meia boca e não a vida sonhada...". O marido é o estepe que faz ela não encarar os fantasmas - que faz ela não se encarar pra enxergar de perto todas as marcas da vida no rosto e na alma - porque escolhemos o que escolhemos?



A minha favorita é "estar com alguém toma a minha liberdade, não posso ficar com mais ninguém, não posso dar a louca e fazer o que eu quiser, parece uma prisão, minha vida não vai ter mais novidade, mais aventura, mais loucura - vai ser sempre essa monotonia segura de um homem já escolhido". Anham, Cláudia, senta lá, viu. Será que, se você fosse solteira e não tivesse esse homem aí, o da monotonia-segurança-prisão, você estaria no carnaval cantando 'eu quero mais é beijar na boca' e beijando todo mundo? Você aguentaria viver de pulo-em-pulo por amores efemeros, homens que não se sabe se vão ligar no dia seguinte, assumindo os ricos e doideiras que toda paixão avassaladora e entorpecente exige como condição de existência? Talvez a sua resposta seja sim. E aí você se implique no seu desejo e vá 'ser de todo mundo e todo mundo vai ser seu também'. Talvez você perceba que isso tudo é só uma amarra pra te impedir de viver o real - com seus medos e possibilidades. Talvez você perceba que existem desejos que são só fantasia e outros desejos que são os que você arcará em realidade.



Vale lembrar que, só vai pro divã, quem se implica em si mesmo. "Não sou magra porque não faço nada para isso". "Não sou alpinista porque prefiro a segurança da minha imobiliária". "Não sou uma devoradora de homens porque escolhi ser uma mulher casada". "Não sou uma bailarina porque fiz outros planos, que privilegiaram o matrimônio". "Não sou solteira e baladeira, porque no fundo, não é bem isso que eu quero - é só o medo de depois achar que eu não posso mais querer nenhuma outra coisa, porque vi/vivi relacionamentos que eram prisão e cerceamento". Só a partir destas constatações de implicação é que se pode prosseguir no caminho de entender o porque de algumas motivações para determinadas decisões. Só pessoas que se entendem como agentes de suas vidas se analisam. Só pessoas que se permitem ser autoras da sua própria história são existencialistas quanto a razão de suas escolhas e não fazem do outro muleta emocional ou 'lugar de repouso' para suas frustrações pessoais. Só pessoas que sabem o que escolheram, saber escolher e sabem que sempre podem fazer novas escolhas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Lindo!

“Quero acordar do seu lado num domingo de manhã e saber que não temos hora para sair da cama.E, depois, ir tomar café na padaria e ler o jornal com você. Quero ouvir você me contar sobre o trabalho e falar detalhadamente de pessoas que eu não conheço nem vou conhecer como se fossem meus velhos amigos. Quero ver você me olhar entre um gole de café e outro, sem nada para dizer, e apenas sorrir antes de voltar a folhear o caderno de cultura.”

— Milly Lacombe, do editorial “Almas Gêmeas”, TPM #88 - jun/2009 (via http://coisasqueachei.tumblr.com/page/5)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mimimimimi.



















Corações na fossa wayoflife, corações apaixonados, corações, enfim...
Segue um mini playlist mimimi de músicas muito boas para esse lance de 'eu te amo e tu me amas' (ou não!).


-> Internacionais

- Chet Baker - There is no greater love
-
The Beatles - I Wanna Hold Your Hand
-
Jason Mraz - I'm Yours
-
Chet Baker - My Funny Valentine
-
Elvis Presley- Love Me Tender
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Jack Johnson - Better Together
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Sade Adu - Your Love Is King
- My baby just cares for me - Nina Simone
- The Beatles - Something.
- The Beatles - Eight days a week
- Carla Bruni - Le toi du moi



-> Nacionais

- Gal Costa - Sorte
- Gal Costa - Meu bem, meu mal.
- Chico Buarque - O meu amor
- Vanessa da Matta - Ainda bem
- Chico Buarque - Dueto
- Zeca baleiro - Comigo
- Tom Jobim - Só tinha que ser com você
- Caetano Veloso - Lindeza
- Geraldo Azevedo - Dona da minha cabeça
- Lenine - Todas juntas num só ser
- Chico Buarque - Tatuagem
- Chico Buarque - Todo sentimento
- Tom Jobim - Falando de amor
- Caetano Veloso - Pra te lembrar
- Arnaldo Antunes - Pedido de casamento
- Arnaldo Antunes - Seu olhar
- Arnaldo Antunes - Se tudo pode acontecer
- Lenine - Meu amanhã
- Zeca baleiro - A tua boca
- Los Hermanos - Último Romance
- Vanessa da Matta - Case-se comigo
- Cássia Eller - Com você o meu mundo ficaria completo
- Zeca Baleiro - Skap
- Barão Vermelho - Amor, meu grande amor.
- Cazuza - Todo amor que houver nessa vida
- Ivan Lins - Vieste
- Vinicius de Moraes - Minha namorada
- Tom Jobim - Eu não existo sem você
- Tom Jobim - Se todos fossem iguais a você

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Wishlist.
















Depois de uma tarde no shopping comprando os presentes de aniversário das amigas (estou muito satisfeita com as minhas escolhas!) me inspirei para pensar em uma wishlist para os meus presentes de aniversário! Como eu acho que ficar preso a realidade é para fracos, darei asas aos meus queridos e utópicos sonhos de consumo! É ótimo também pra eu traçar metas de investimento para o meu dinheirinho!


Livros:

- Carta a D. - História de um amor ; Andre Gorz, Cosacf Naify (35 reais, na Saraiva)

- Alice no País das Maravilhas ; Col. L&pm Pocket, Lewis Carroll (8 reais, na Saraiva)

- Sobre Alice ; Calvin Trillin; Editora Globo ( 17 reais, na Saraiva)

- De frente para o sol, Irvin Yalom, AGIR (19,90, na Saraiva)

- Estive pensando, Antônio Prata, Marco Zero (25 reais, na Saraiva)

- Tudo que eu queria te dizer, Martha Medeiros, Objetiva (23, 10, na Saraiva)

- Conversas com Woody Allen, Eric Lax, Cosac Naify (69,00 reais, na Saraiva)

- Qualquer livro de contos do Woody Allen.




DVDS:

- Box Essencial, de Chico Buarque, com 4 cds + 1 dvd (88,90 reais, na Saraiva)

- DVD Amy Winehouse, I told you I was trouble [Music Pac] (24,90, na Saraiva)

- The Divas Collection - 3 DVDs Set - Ella Fitzgerald, Nina Simone e Shirley Bassey [ST2 MUSIC] (59,90, na Saraiva)

- Meu Caro Amigo / À Flor da Pele / Vai Passar - Box 3 DVDsChico Buarque / EMI MUSIC (129,00, na Saraiva)

-Los Hermanos na Fundição Progresso - 09 de Junho de 2007 - DVDLos Hermanos / Sony Bmg (24,90, na Saraiva)

- Luau Mtv - Los Hermanos / DVD0Los Hermanos / Lsj 3000 Distribuidora de Livros Ltda (24,90, na Saraiva)

- Prime Selection - Acústico Mtv - Lenine - DVDLenine / Sony Bmg ( 17,90, na Saraiva)

- Arnaldo Antunes ao Vivo no Estúdio - DVD Arnaldo Antunes / BISCOITO FINO (49,90, na Saraiva)

- Terceira, quarta, quinta, sexta e setima temporadas de GILMORE GIRLS (49,90 cada temporada, na Saraiva)


COISAS DE MULHERZINHA:

- Qualquer coisa da coleção Primavera/ Verão da Farm (quero todos os vestidos longos, várias batinhas e as pulseirinhas de couro e laço!)
- Qualquer sandália da coleção Primavera / Verãi da Arezzo (LINDAS!)
- Muito tomara-que-caia.
- Brincos, pulseiras, anéis. [tudo grande, grande]
- Bolsas-carteira.
- Rasteirinhas.
- Sapatilhas.

EXTRAS:

- Bonequinhos do filme Up - Altas Aventuras.
- Porta bijuterias.
- Jogo Perfil
- Jogo Imagem e ação



quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Na primeira manhã.

Na primeira manhã
(Alceu Valença)

Na primeira manhã que te perdi
Acordei mais cansado que sozinho
Como um conde falando aos passarinhos
Como uma bumba-meu-boi sem capitão
E gemi como geme o arvoredo
Como a brisa descendo das colinas
Como quem perde o prumo e desatina
Como um boi no meio da multidão.

Na segunda manhã que te perdi
Era tarde demais pra ser sozinho
Cruzei ruas, estradas e caminhos
Como um carro correndo em contramão
Pelo canto da boca num sussurro
Fiz um canto demente, absurdo
O lamento noturno dos viúvos
Como um gato gemendo no porão
Solidão.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Aleatoriedades azedinhas.

Não suporto:

- Pessoas que abrem o caderno e leem citações de pessoas intelectualmente famosas, tipo Jung, para soar absolutamente cults.
- Pessoas que saem de abadá por aí (oi, né, ingresso é ingresso, roupa é roupa, vamos combinar)
- Livros de Jorge Amado
- Gente que quer falar de política no msn (!!!!!!!!!!)
- Amigos que querem ir embora
- Esse semestre bosta na faculdade - em especial, aula de psicologia organizacional.
- Esperar em consultório médico.
- Ex namorado que quer ser comediante.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Per[versões.]

Se você quer não fazer o trabalho que tem pra ser feito, tudo bem. Se você quer ficar dormindo ao invés de ir pra a faculdade, tudo bem. Se você quer deixar pra sair de casa em cima da hora, tudo bem. Se você não quer estudar, tudo bem. Se você quer se enfiar em paixões platônicas ou em relações in-saudáveis, tudo bem.
Ficaadica do que NÃO rola porque NÃO é tudo bem: Você - 1) não fazer seu trabalho e achar que tem o direito de copiar o do colega ou de pongar num grupo de pessoas que fizeram - se você achou que tinha coisa melhor pra fazer (eu não discordo, maaas),o problema é seu, arque com as consequências de suas escolhas e decisões, quem tem idade pra escolher por si só também tem capacidade para administrar consequências. 2) não vai pra a faculdade pra ficar dormindo e depois fica implorando pra a professora tirar as suas faltas pra você não precisar repetir a matéria. Toda faculdade tem uma cota de faltas - cumpra a sua, administrando como possível a dialética dura entre sono matutino x contéudo pragmático. Mas não enxa o saco de ninguém por causa de coisas que são suas. 3) deixou de sair em cima da hora e está atrasado e acha que o acostamento é uma boa pista para dirigir, ou que você pode estacionar em locais não permitidos, ou pode parar no meio da rua, ou ficar cortando loucamente pessoas que andam tranquilamente ou pode fazer qualquer coisa aloprada na rua. Não rola queridão, o que é coletivo é coletivo, e o seu pessoal não pode interditar a vida de outras pessoas. Bem simples assim. Tá com pressa? Sai mais cedo. Posso fazer nada. 4 ) não estudou e agora que ficar colando de quem estudou. Se toca né, ninguém tem obrigação de sustentar sua prova. Quem estudou quer tirar nota boa e pronto. Você que se responsabilize pela sua preguiça. Fácil de entender, né? 5) se meteu num relacionamento sem pé nem cabeça? jóia campeão. vai pra a terapia. mas assume que quem escolheu isso foi você e não fica de mimimi dizendo que as pessoas não prestam ou que você não conhece ninguém que seja perfeito pra você. você realmente acha que você é perfeito pra alguém? hello, né...
Se alguém ignorar algum desses preceitos básicos para a boa relação, pode largar um 'anham claudia' pro folgado.


PS ELUCIDATIVO: Essa que vos escreve é a maior vagau. Frequentemente o sono vence o contéudo pragmático, os trabalhos esquecem que existe um prazo a ser cumprido ou the sims soa mais convidativo do que estudar pra as provas. Mas oi né, se eu sei o que eu tô fazendo, devo assumir as consequências do que eu faço. O objetivo desse post é dizer: assuma as consequências do que você faz. Simples assim.

Desperdício.

A) Água limpa pingando torneira na pia. B) Comida boa deixada no cantinho do prato. C) Gente boa, integra, decente, que gosta da gente e quer fazer a gente feliz, que a gente deixa passar direto pela nossa vida - porque a gente tem medo de ser feliz, tem medo das nossas dúvidas, é vítima do que a gente engole socialmente sem parar pra refletir ("oba, vamos dançar" demais e "oba, vamos compartilhar", de menos.) por causa da preguiça de crescer e deixar as nossas ilusões de adolescência tardia e os contos de fadas pra trás.

Tudo isso é deixar passar coisas que desde já tendem a extinção. Tudo isso é desperdício da nossa própria vida. Tudo isso é correr contra o relógio e saber que é impossível escapar do tempo e das suas cobranças e consequências. Tudo isso é desperdício. D-e-s-p-e-r-d-í-c-i-o.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ninguém leva meu curso a sério.

Uma parte das pessoas acha que psicologo é aquele cara que conversa com você quando você está triste. As pessoas se perguntam 'pra que ir no psicologo se eu posso conversar com meus amigos?'. É assim mesmo, essa conversa é velha, desenvalidante, acontece sempre, etc. O que eu perco o gás da coisa toda é o seguinte: eu estudo psicologia, eu curto psicologia, eu curto as linhas mais subjetivas (algum behaviorista chato diria 'menos cientificas', mas então né, homem não é ponte de ferro e nem tem ponto de ebulição pra eu ficar tentando fazer caber na exatidão) porque eu sou o tipo de pessoa que conduz os pensamentos, as coisas e a vida partindo desta subjetividade. Ou seja, eu me identifico com a linha e por isso a escolho. Mas, confesso, as vezes é cansativo explicar a teoria e ver a descrença das pessoas. Obviamente, não tem nada a ver comigo, cada um acredita e se identifica sempre a partir de si mesmo. Mas é chato falar de algo que você acha muito lindo, muito massa, super coerente e receber aquela cara de 'ah, puff'. É, ninguém leva meu curso a sério. Ou eu me preparo pra essa possibilidade, ou não discuto mais o meu curso e a minha futura profissão. Que jeito?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Rupturas.

É impressionante como algumas rupturas são difíceis de aguentar - e é difícil saber porque todas estão acontecendo ao mesmo tempo!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cláudia, a consciente.

Querida Cláudia,

Fica quietinha aí. Esse negócio de consciência é para fracos. Esse negócio de pedir conselhos é para inseguros. Esse negócio de estranhar, de não saber, de ficar perdido? É tudo coisa de quem tem tempo para ter mente ociosa. Ah Cláudinha, eu sei que eu não sou mulher de segredos, sei que silêncios não me vestem sem alguma estranheza, sei que as pessoas me supõem melhor do que eu posso julgar... Eu sei. Mas agora não é hora de eu me preocupar com isso. Agora é hora de levar o semestre chato, de tentar fazer algumas coisas fazerem sentido, de dar tchau pra quem é de tchau ('porque a esperança também cansa de se perdurar', eu diria, parodiando o velho vina saravá) e de ir somando todo dia. Então Cláudia, você fique aí pensando em jogos de vôlei, em que sapato combina com que camisa, em que brinquedo é melhor para o irmão levar pra a escola, se vai ter ingresso ou não pro show do Beirut... eu sei que você é diva e plenamente capaz. Resista: não pense nas besteiras que são as seriedades. Não pense nas seriedades que te fazem pensar besteira. Cláudinha, senta lá, e faz tricô, lê revista, pinta as unhas. Senta lá e canta uma música, manda mensagem pros amigos, faz as contas de como fazer o dinheiro durar até o fim do mês. Lê a entrevista, bebe um suco, dá risada com as colegas da faculdade. Se te perguntarem, balança a cabeça, sacode o cabelo e fala: tá tudo pleno. Se a cabeça esquentar agora, vamos ter que mandar beijos sabor interrogação pra todo mundo - e todo mundo nem sabe de nada. E ninguém tem nem nada com isso. Sou só eu e você Cláudia. Só você e eu. Pega o crossfox e vamos sair pra dançar e nos divertir. Senta lá, no banco do carona dessa vez, Cláudia. Quem dirige agora aqui, sou eu. Que assim seja.

Mulherzice.

É com pesar que você constata que, não, não adianta a faculdade, não adiantam os textos e filmes bem cabeçudos, não adiantam os roteiros de viagem e nem sequer os babas com os amigos homens - o fato é que: o seu salário vai ser todo convertido em vestidos. Todos os planejamentos e sonhos trabalhísticos, do tipo, 'oi, vou clinicar adultos no divã psicanalítico' ; 'oi, vou ser professora universitária' ; 'oi, vou abrir uma consultoria em educação'...nada escapa, tudo isso virará dinheiro que virará vestidos! Pode ser que vire sapatos, brincos, pulseiras e bolsas também. Acontece.

Sério, passear no shopping entre peep toes verdes, vestidos longos florais e tomara-que-caias maravilhosos da coleção primavera-verão é de desnortear a cabeça lúcida de qualquer pessoa. Ou pelo menos a minha. Nas estações mais quentes, a mulherzice em mim bate o pico de todos os termômetros.