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terça-feira, 13 de julho de 2010

os meus podres.



Sorte de hoje: Agora é a hora de tentar algo novo
anham orkut, senta lá

bom, eu não fui lá ontem. e dessa vez não é nem que eu esteja enrolando - ok, estou enrolando, mas é melhor enrolar agora do que depois. vamos as explicações.
a cardiologista me indicou um tratamento que é super completo: envolve atividade física variada, dieta com nutri, acompanhamento médico, refeições diferenciadas e grupo de suporte e apoio. óbvio que eu fico louca toda vez que penso que assim que a nutri fizer meu planejamento eu vou parar de comer e isso me deixa paralisada. comer é tipo meu remédio contra tudo que eu não curto a vibe, assim como dormir ou jogar buraco no orkut ( se você tem orkut e ama jogar buraco, não se acanhe e me adicione por favor. sou só amor pelo buraco on line e tenho poucos amigos adeptos do vício, por favor, chegue mais e vamos expandir a roda de amigos via jogatina), ou seja, se minha faculdade é uma droga e eu não sei mais se eu quero ser psicologa mas tampouco sei o que eu quero ser, ao invés de dar um jeito nisso, vamos comer. se eu me decepcionei com as pessoas mas deletar da vida é muito 'comprar confusão' pro meu lyfestyle, vamos comer. e adicione comer na oração que vier logo depois de qualquer frase que envolva qualquer coisa que deu errado. então, pior ainda, eu tenho muita consciência de que estou gordinah porque embora nunca tenha sido a mais magra, também nunca fui a bolinha.
por outro lado claro que um tratamento que envolva tantas variáveis e pretenda dar conta de abarcar tantos inimigos do emagrecimento custa caro. e meu pai super disposto a pagar até porque no meu histórico familiar diabetes, infartos e hipertensão tão aí pra contar as histórias. e eu desesperada aqui, lógico - vai que ele paga e eu não emagreço? vai que ele paga e eu não dou conta de parar com esse treco compulsivo que é comer? vai que ele paga, eu dou errado e ele gastou aquele dinheiro confiando em mim e deixando de gastar em alguma outra coisa? pois é. estou paralisada justo por isso: como me garantir que eu posso confiar em mim e na minha força de vontade?
outro elemento que me faz tremer nas bases é: esse tal de grupo de apoio. é um grupo de apoio composto por JOVENS. na minha mente radical jovens são as pessoas que eu preciso mais temer na vida. se eles frequentarem micaretas e forem pessoas leves e de bem com a vida, obviamente eles não vão gostar de mim. e eu vou ficar lá sobrando num grupo de pessoas que se abraça em círculo pra chorar e sorrir sobre as mazelas de emagrecer. eu tenho uma experiência passada péssima com terapia de grupo num grupo no qual eu realmente não me incluía. tudo que eu falava passava em branco e não fazia eco em ninguém. não sei se existem culpados, acho só que eram formas de lidar com as questões subjetivas que eram completamente incompatíveis, simples assim.
então, além de pensar que vou ficar sem comer, vou fazer exercício, vou ficar em engarrafamentos horrorosos pra fazer estas duas coisas, tenho medo de falhar e ser um ônus terrível para o meu pai e de não me sentir fazendo parte do grupo de apoio por eles me acharem qualquer coisa ruim ou maluca demais.
levando em consideração que pessoas que me detestavam na escola e ex-namorados leem esse blog, eu não deveria escrever estas coisas tão assim, 'pessoais', mas por outro lado, tem várias pessoas bacanas me dizendo coisas legais e me contando que se motivaram pra correr atrás, também. por isso eu vim me explicar, explicar essa estagnação de minha parte. dizer que eu ainda tô pensando em 'como fazer pra dar conta de tentar esse algo novo'. eu quis fugir muito de escrever esse texto, meio perdido, meio loser de um projeto que eu comecei a anunciar, mas acho que escrevê-lo faz parte do meu próprio compromisso: na contra-mão do que mostram os sites, as revistas de fofoca e as pessoas felizes na tv, todo processo tem dúvidas, medos, retrocessos e tensões. espero que escrever sobre os meus processos - inclusive os negativos, como o medo bobo de não ser querida ou aceita - me ajude a esclarece-los na minha própria cabeça.

Um comentário:

  1. Então, acho que também entrei na fase do "retrocesso", viu?
    A defensoria me chamou pro estágio, mas o defensor disse que só quer estagiários para o turno da manhã. Aí... a central de estágios se desculpa e pede pra você esperar mais um pouco, mas acho que não quero passar (mais uma vez) pelas fases do medo e da tensão e acho que a minha próxima resposta vai ser: "não tenho mais interesse, obrigada".
    Guardei minha força de vontade no bolso. ;)

    E continuo torcendo por você (também na dieta)!

    ps: pessoas que não sabem bater palmas não são fontes seguras pra analisar o talento de quem quer que seja pro violão. Haha. Resumindo: tudo mentira.

    E os estudos da OAB estão, temporariamente, salvos! ;)

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